O maior luxo dos nossos dias.
A possibilidade de sair sem tempo, embrenhar-me na natureza, como em criança, e desfrutar de cada detalhe que encontro pelo caminho. Dou por mim a fotografar as flores lavanda que não vira na floresta anteriormente. E as cores vivas dos chorões, verde, rosa, amarelo, que pintam a paisagem que tanto ansiava voltar a ver nos dias de isolamento solitário do meu apartamento em lisboa.
A natureza é ‘mutante’. Não vi aquelas flores ali anteriormente. Teria dado por elas. Nem as voltei a ver vigorosas nos dias seguintes da caminhada. Porque esta natureza selvagem não tem regra, floresce à ordem do vento, da chuva, do sol. E é curto o tempo para a apreciar. Mas os registos fotográficos que lhe tiram o cheiro, eternizam as cores e os momentos. Assim, poderei agora voltar a eles do isolamento do meu apartamento quando regressar a lisboa.
Este refúgio secreto palmilhado vezes sem conta pelo meu pai, longe da multidão, é revigorante. Voltar a sentir o sol no rosto e o vento no cabelo. Voltar a ouvir o som dos ramos das árvores quando as rajadas as fazem vibrar ao meu lado. Continue reading “Natureza revigorante” →