Halloween

Depois do Natal, o Halloween é a minha época do ano favorita. Adoro esta descida ao mundo negro das criaturas que vivem no imaginário, aprimorado a cada ano e hoje celebrado em todo o mundo!

 

 

Sim, foi uma tradição que importámos… Mas já não vou para nova e desde que me lembro, celebro o Halloween! Por isso não é algo assim tão novo!

Para os mais distraídos e contrariamente a alguma opinião popular, a origem do Halloween pouco tem a ver com os Estados Unidos. É britânica trazida pelo povo celta há cerca de 2000 anos atrás !

Para estes povos o último dia de Outubro era comemorado como o feriado de Samhain, pois era considerado como o último dia de Verão e o início do Ano Novo Céltico. Esta comemoração celebrava também outros aspetos da sociedade de então, tais como o final da última colheita do ano, o início do armazenamento de alimentos para o inverno, o retorno dos rebanhos dos pastos e o período de renovação das suas leis. Este feriado era também conhecido como La Samon e como Festa do Sol.

A principal lenda celta ligada a esta festividade, relatava que naquele dia todos os espíritos das pessoas que tinham morrido durante esse ano, voltariam em busca de corpos vivos para os possuírem e assim viverem no ano seguinte. E acreditavam que era permitido que o mundo dos vivos e dos mortos se misturassem.

 

 

Os vivos não queriam ser possuídos pelos espíritos dos mortos e assim, quando chegava a noite do dia 31 de Outubro, apagavam as tochas e as fogueiras das casas para que se tornassem frias e desconfortáveis e vestiam fantasias para de seguida desfilarem de forma ruidosa pelas ruas com o único intuito de assustarem os espíritos que queriam corpos para possuir.

Outro dos hábitos do Halloween e provavelmente o seu maior símbolo atual é a abóbora com uma vela acesa no seu interior. Acredita-se que esta imagem teve origem no folclore irlandês e na história de Jack-O’-Lantern, embora na história original se usem nabos e não abóboras.

As bruxas também são um símbolo desta data e há uma razão! Reza a lenda que as bruxas tinham duas reuniões festivas anuais: a primeira no dia 30 de Abril e a segunda no dia 31 de Outubro. Chegavam ao local da festa em vassouras voadoras e atiravam feitiços e maldições às pessoas.

Já em Portugal e pelos cristãos, a data era comemorada de forma diferente da de hoje. Colocava-se azevinho nas portas na noite de 31 para afugentar os espíritos malignos e celebrava-se no dia seguinte o pão-por-deus, com raízes do ritual pagão do século XV. Uma tradição que foi cimentada depois do terramoto de 1755 em lisboa.

Neste dia 1 de novembro, os mais pobres saíam às ruas e batiam às porta dos mais afortunados. Pediam o pão de modo a mitigar a fome. Hoje são as crianças que o fazem de porta em porta, e em vez de pão pedem doces! Ou travessuras… E celebram-se todos os santos e os mortos!

 

 

Na noite mais assustadora do ano, mantive a ‘minha’ tradição. Juntei os amigos, aprimorei o meu lado mais negro e sai para jantar no sitio de sempre por esta altura, a Sala de Corte em lisboa. Depois seguimos para a festa da FOX que se mantém a mais animada e a mais original, ou não fosse este o canal da série – Walking Dead –  mais assustadora e popular dos últimos tempos.

Hoje é dia de me ‘ acabar ‘ no sofá e acompanhar a programação  de cinema de Halloween da SIC. Bom feriado!

 

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Iva Lamarão

Iva Lamarão

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