Dia Internacional da Mulher

A ideia de celebrar este dia dedicado à mulher surgiu nos Estados Unidos e na Europa no final do século XIX e inicio do século XX pela luta feminina por melhores condições de vida e de trabalho. E pelo direito ao voto. A institucionalização pela ONU a 8 de março deu-se mais recentemente de modo a relembrar as conquistas sociais, económicas, politicas das mulheres ao longo da história. Foi o que li numa das minhas pesquisas.

Eu confesso que não percebia a lógica deste dia, sobretudo quando nós mulheres nos debatemos pela igualdade de género. Mas agora com a maturidade dos meus 38 anos e mais atenta ao que se passa à minha volta ( e no mundo ), concluo que ainda há muito caminho para chegarmos à igualdade.

Continua a ser importante debatermos e chamarmos a atenção para o fim da violência contra as mulheres, em portugal e no mundo. Para a igualdade de direitos. Pela liberdade de escolhas e de oportunidades.

Para o fim da estigmatizaçao do género e da imagem. Porque ser mulher não é sinónimo de menos capacidade para, por exemplo, ocupar cargos importantes tendencialmente masculinos. E porque, ser bonita também não é sinónimo de pouca inteligência.

Já ouvimos isto tantas vezes. Pelo menos eu não parei de o repetir desde que decidi escrever no meu livro os episódios que me deixaram triste e que me fizeram sentir menos válida em muitos momentos. Mas a sociedade e o mundo não ouviram. Porque continuamos a ter mulheres maltratadas física e psicologicamente todos os dias.



Há muitas formas de se manifestar a maldade e todas elas de uma forma ou de outra magoam e deixam marcas para sempre. Eu quero acreditar que o ser humano é evoluído e muito mais do que isto. Até pela empatia e colocando me do lugar do outro e tendo a noção de que quem pratica a violência ( até entre mulheres ) trava também uma luta interna de frustração ou desilusão. E muitas vezes eles mesmos foram vítimas da maldade que definiu os traços da sua personalidade.

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