Nunca fui fã de noitadas, nunca tive o hábito de fumar ou beber e das poucas vezes que provei um gin, passei tão mal que, enquanto me lembrar, dificilmente voltarei a repetir. Penso que a maior loucura que cometi na adolescência, foi ficar até de manhã na discoteca sem avisar a minha mãe – e ela ficou tão preocupada que me senti pessimamente durante muito, muito tempo. Não posso dizer que a idade me tenha mudado muito. Continuo profundamente disciplinada, a seguir com rigor as regras e os horários. Só que, hoje, aceito e respeito-me como sou.
Quando era mais nova, era sempre definida como a ” bem comportada “, aquela que dificilmente quebrava as regras. E se para alguns isso poderia ser uma virtude, eu via-o como um dos meus pontos fracos. Quando me criticavam por ser tão correta, muitas vezes em tom de gozo, sentia uma enorme vontade de ser mais rebelde. De mostrar que não era bem assim como diziam. Que podia ser bem comportada, mas que era também muito mais do que isso. Acima de tudo, não queria passar por ” tontinha “.
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