Sobreviver ao confinamento

Estamos na ‘segunda temporada’ deste confinamento. Os tempos pedem cuidados e recolhimento. E espera-nos pelo menos um mês em casa.

Há que manter o foco naquilo que nos deixa felizes e acreditar que de uma forma ou de outra tudo vai passar e melhores dias virão.
Esta é mais uma prova à nossa saúde mental e resiliência, numa altura em que voltamos aos dias que já vivemos em março quando ainda nos recompúnhamos dos primeiros tempos em casa .

Creio que desta vez o stress e a angústia estão aumentados. Ou porque conhecemos mais casos de pessoas com covid-19 e lidamos de forma mais direta com a doença. Ou porque vivemos o fantasma do aumento do desemprego. Ou porque voltamos a ter as nossas rotinas alteradas no incerto dos dias. Porque temos de gerir o teletrabalho com as idas e vindas às escolas para que as crianças mantenham em dia o calendário escolar . E porque estamos cansados, neste sentimento de indefinição que rapidamente poderá ter, em cada um de nós, impactos psicológicos. Fragilizando-nos quando mais precisamos de manter o equilíbrio e a saúde física e mental.


A ordem dos psicólogos disponibilizou um artigo sobre este impacto e segundo o qual ‘ estudos indicam que cerca de metade dos portugueses terá sofrido impactos psicológicos moderados ou severos e, de acordo com o Instituto Nacional Ricardo Jorge, sete em cada dez portugueses que estiveram em quarentena acusaram sofrimento psicológico ‘ .

Este mesmo artigo referenciava ‘ ferramentas emocionais ‘ que devemos por em prática para minimizarmos os efeitos psicológicos dos tempos que vivemos. Num primeiro ponto, devemos estar atentos à nossa emoções, sentimentos e pensamentos. Depois, se conseguirmos aceitar as condicionantes a que estamos sujeitos, bem como a incerteza e a imprevisibilidade a que estamos sujeitos, conseguimos focar o pensamento no que é realmente possível fazer, a aguardar calmamente o que se seguirá. Confiando no que o nosso esforço trará ( a redução dos contágios e casos de covid-19, esperamos). Num terceiro ponto, devemos acreditar na nossa capacidade de lidar com a situação, traçando estratégias que nos poderão ajudar a lidar com tudo isto. E por fim sejamos criativos e coloquemos em prática o melhor de nós, para nos entretermos e entretermos os outros, sobretudo agora que nos mantemos mais ligados pelas redes sociais.

Faça download da aplicação Tiktok e use o Reels para os vídeos criativos em família que os vão manter animados e ocupados. Mantenha as partilhas online, quer no zoom ou nos diretos do instagram e facebook. Partilhe ensinamentos, hobbies, dicas, ideias, conversas, dúvidas. É uma boa oportunidade de se distrair planeando estas sessões e criando uma rede de partilha e de ensinamentos.

Aproveite para colocar a leitura em dia. E se não tiver disposição para livros mais profundos, fica a dica do ‘ Um guia para a vida ‘ do Dalai Lama e do psicólogo Howard C. Cutler que tantas respostas me deu em algumas fases da minha vida.

E claro, tem sempre variadas plataformas de streaming apuradas em novos conteúdos para nos entreter.

Consulte outras informações
e recomendações:
https://www.ordemdospsicologos.pt/ pt/covid19/documentos_apoio

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Iva Lamarão

Iva Lamarão

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