Sorrir é entendido como sinónimo de satisfação, felicidade, bem estar em determinada situação… E há, como sabemos uma forma inconfundível de expressarmos o medo, a raiva, a felicidade, a tristeza… É automático deciframos as emoções das nossas expressões faciais.
Mas o que parece tão óbvio de perceber, pode querer expressar algo totalmente diferente… Mas como assim?!!
A Science dedica um artigo a esta temática, com um estudo que deixa uma grande dúvida sobre esta forma de comunicar tão universal.
As expressões faciais podem ter mais do que um significado e não ser assim tão universais e generalizadas como julgamos.
No estudo, várias expressões entendidas no Ocidente – como o medo – tem significados muito diferentes para uma sociedade indígena e isolada em Papua, Nova Guiné.
Estas descobertas põem em causa alguns principios amplamente sustentados nas teorias emocionais. Podendo prejudicar as tecnologias emergentes, como robots e programas de inteligência artificial encarregues de ler as emoções das pessoas.
Os cientistas procuram há mais de um século compreender se todos os seres humanos experimentam a mesma gama básica de expressões. E se o fazem, se as manifestam da mesma maneira.
Já na década de 1870, esta foi uma questão central para Charles Darwin explorada no trabalho The Expression of the Emotions in Man and Animals.
Muitos destes comportamentos faciais talvez sejam uma questão cultural. Sendo culturalmente especificos, tal como afirma o psicologo Carlos Crivelli, que integra o grupo de investigadores que se tem ocupado desta temática nos últimos anos.
Nada de mal intendidos! Nunca a expressão ‘ nem tudo é o que parece ‘, fez tanto sentido.