Este é o artigo inteiramente dedicado aos companheiros de quatro patas. E aos benefícios, além dos óbvios, de adotar um animal de estimação.
Não é nova a integração dos animais em variadas terapias, agora um estudo reforça a sua importância na redução do risco de acidentes cardiovasculares, ao promover o suporte social e a motivação para por exemplo, a prática do exercício físico.
Durante 12 anos, os investigadores cruzaram e analisaram os dados de mais de 3.4 milhões de indivíduos entre os 40 e os 80 anos, sem registos de doenças cardiovasculares anteriores a 2001, na tentativa de perceber se ser dono de um cão influenciaria no diagnóstico de doenças cardiovasculares ou na morte por qualquer causa.
Viver só com o cão pode reduzir o risco de morte em 33%, e o risco de morte associado a problemas cardiovasculares em 36%; em comparação com quem vive sozinho e sem animais de estimação. O risco de ataque cardíaco reduz-se também em 11%.
Se vive acompanhado, ter um cão também é benéfico, embora não tanto. O risco de morte nestes indivíduos reduziu em 11%, e o risco de morte associado a problemas de coração reduziu 15%. No entanto, o risco de ataques cardíacos manteve-se.
Os investigadores estão no caminho de encontrar uma explicação para este resultados, mas o facto de os donos de cães terem no geral maior atividade física pode ser desde logo, uma explicação a ponderar.
A teoria é partilhada por Rachel Bond, especialista em doenças cardíacas do Lenox Hill Hospital, em Nova Iorque. Ter um cão “pode encorajar os donos a melhorar a sua vida social, o que só por si vai reduzir o seu nível de stress, que sabemos com certeza ser uma causa primária de doenças cardiovasculares”, diz à CNN.
Mas, de senso comum, sabemos que as pessoas deficientes têm menos probabilidade de arranjar um cão…
E assim, Bond coloca a questão: será que ter um cão leva a uma melhor saúde do coração, ou será que ter um cão é apenas uma prática comum às pessoas com boa saúde cardiovascular?