A novidade surge de investigadores da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), que lideram uma equipa internacional, e que estão a desenvolver um método, pioneiro a nível mundial, para resolver um dos grandes problemas dos cientistas forenses. A caraterização biológica rigorosa de vítimas desconhecidas com base nos seus restos mortais queimados.
Este será um importante avanço para as ciências forenses.
Uma das maiores lutas da antropologia biológica é determinar o perfil biológico a partir de restos de esqueletos humanos queimados. Já que os métodos bioantropológicos estão seriamente comprometidos devido a alterações induzidas pelo calor na forma e tamanho ósseo.
A chave parece estar no interior do osso e estará relacionada com a sua estrutura. A proteína do osso e a sua estrutura será diferente se o individuo teve uma vida ativa e dependendo do processo traumático sujeito após o óbito. O conhecimento rigoroso da submicro estrututa do osso e através de testes que determinam como esta altera com a temperatura, será determinante. Será possível ter a informação de como o individuo vivia e morreu.
Estes estudos chamaram me particularmente à atenção por serem de investigadores da FCTUC e da Dr Paula Marques que foi minha professora nos tempos de formação em Coimbra. É bom poder acompanhar o seu trabalho e partilhá-lo no blog.
Imagens aqui.