Enquanto algumas de nós procuram o tom dourado da pele, outros ‘ fogem ‘ de qualquer exposição ao sol e da pele bronzeada, recorrendo até a tratamentos que aclaram a pele.
Centros de beleza na América do sul, América do Norte, Europa, Ásia, Médio Oriente e África, oferecem este tipo de tratamentos com a promessa de branquear a pele. Vendendo-o como um método seguro.
O tom cândido que faz lembrar muitas das actrizes icónicas que permanecem no nosso imaginário de conto de fadas é conseguido graças a injeções de glutatião que agora, parecem ser prejudiciais para o organismo.
A glutationa ou glutatião é um tripéptido que se encontra nas células, protegendo-as da oxidação. Diminuindo à medida que vamos envelhecendo, já que o nosso corpo o produz cada vez menos. Isto levou a que nos últimos anos tenha aumentado a fama como agente que ajuda a retardar os sinais da idade pela indústria da cosmética, em suplementos como cápsulas e cremes anti-rugas.
Contudo, o glutatião tem outro efeito que também desperta interesse. Inibe a produção de melanina, o pigmento de determina a cor da pele. Desenvolvendo-se a partir daí, comprimidos, sabões, aerossóis que prometem aclarar a pele.
Uma vez que por via oral, e segundo os experts, a absorção pelo organismo é baixa já que o glutatião sofre degradação pelos sucos gástricos e pelas enzimas do fígado, desenvolveu-se uma nova forma de administração, a injeção de glutatião.
E o alarme está no uso comum e não aprovado deste método como agente branqueador.
O excesso deste peptídeo por via intravenosa, e uma vez no sistema circulatório, pode ocasionar desiquilibrios na tiróide, disfunção no fígado e dor abdominal severa. Numa condição mais grave, pode estar associado a síndrome de Steven Johnson ou a necrólise epidérmica tóxica.
As autoridades de alguns países, advertem para os riscos do uso cosmético do glutatião embora ainda sejam escassos os estudos da eficácia e dos efeitos da administração intravenosa.
