Será? Estamos mais gulosos! Pelo menos é isso que a imprensa divulga… E ainda nem chegámos ao natal! Ai sim, é para rebolar.
Mas vejamos, de acordo com a associação do sector, o consumo per capita de chocolate em Portugal era de 1,5 quilograma (kg)/ano há cinco anos e deverá rondar os dois quilos no final deste ano!
Mea culpa! Não resisto a um pedaço de chocolate negro com uma chávena de café.
Mas não há com que nos preocuparmos, desde que o consumo seja feito com moderação. E até há estudos que dão mais um ponto a favor do consumo de chocolate afirmando que está associado a um aumento da performance cognitiva.
No estudo publicado no jornal Appetite, os investigadores usaram uma ‘amostra’ de 968 pessoas entre os 23 e os 98 anos, que foram monitorizadas pela dieta alimentar e fatores de risco cardiovascular, assim como a sua função cognitiva. E resultou que os flavonoides do cacau, um subgrupo de flavonoides no chocolate, estão associados ao boost da função cognitiva.
Níveis elevados de flavenoides são encontrados no chocolate escuro. Menos no leite ou no chocolate branco. Contudo, os níveis elevados de flavenoides também são encontrados no chá, no vinho tinto e algumas frutas, como uvas e maçãs.
Os investigadores afirmam que as descobertas apoiam os ensaios clínicos recentes que sugerem que “a ingestão regular de flavenoides de cacau pode ter um efeito benéfico na função cognitiva e possivelmente proteger contra declínio cognitivo normal relacionado à idade “.
A ingestão habitual de chocolate já estaria relacionada com desempenho cognitivo graças à extensão de testes neuro psicológicos. Mas o consumo de chocolate mais frequente foi significativamente associado a um melhor desempenho mental. Memória e organização Visual-Espacial, Memória de Trabalho, Raciocínio Abstrato, entre outros testes efetuados.
As análises prospetivas não revelaram contudo uma associação entre a função cognitiva e a ingestão de chocolate medidos até 18 anos depois. São necessários novos ensaios de intervenção e estudos longitudinais para explorar as relações entre o chocolate, os flavonoides de cacau, a cognição, e os mecanismos causais subjacentes.
