A maioria de nós ‘ toma ‘ a distração como algo pouco benéfico para a memória, e na verdade na maioria das vezes é… Mas sob certas condições a distração pode ajudá-lo a relembrar.
Os investigadores trabalharam com um grupo de pessoas com problemas de memória, lesões no hipocampo, epilepsia severa. E um grupo controlo, saudável de várias faixas etárias.
Analisaram o efeito de um distrator na capacidade de memorização dos diferentes grupos, com uma quantidade crescente de imagens que iam sendo mostradas, e verificaram que em ambos, a distração melhorou a performance ou seja a capacidade de memorizar cada imagem e a identificar.
Os investigadores avaliaram então as oscilações cerebrais, ou seja, os ritmos Theta do cérebro, que são ondas cerebrais, com variação de voltagem, que representam a ação conjunta dos neurónios. Estas tem uma frequência entre os 4 -7 hertz e estão associadas à aprendizagem e à memória. São facilmente detectadas quando nos tentamos lembrar de algo ‘ guardado ‘ na nossa memória.
Assim, no grupo de indivíduos saudáveis ( grupo controlo ), as ondas Theta diminuíram entre cada teste de memória. No grupo com ‘ distúrbios de memória ‘, as ondas Theta aumentaram entre cada teste. Ao ser introduzido uma distração, verificou-se uma quebra das ondas Theta. Nos indivíduos com problemas de memória esta pausa relaciona-se com a melhoria da sua performance.
‘ Distraindo-se ‘ durante o processo de ‘ procura ‘ na memória, pode ajudá-lo a relembrar o que procura, quando tem muita informação em mente.
Contudo, há ainda que avaliar outros tipos de tarefas de memória e de distrações, como um som ou conversas, e perceber se o efeito na memória será igual.
Na verdade, nos tempos de faculdade, procurava locais para estudar com algum movimento. Sendo para mim mais fácil memorizar a informação em sítios com este tipo de distrações. Contudo, nem todas as distrações me proporcionavam tal facilidade, e em determinados ambientes o efeito na memorização era o contrário.