Qual o seu nível de simpatia?

Um artigo chamou-me à atenção… Parece haver uma ´fórmula’ para sermos e parecermos pessoas mais simpáticas.

E dizem os entendidos que não basta sermos bonitos e com talento para sermos socialmente bem sucedidos. É algo que não é inato, e está relacionado com as características que são aprendidas ao longo da vida.

 

 

A base que surge como primeiro ponto importante é sermos genuínos. É fácil gostarmos de alguém que se mostra verdadeiramente honesto. Certo?

Um estudo americano concluiu que os professores que são genuínos para com os alunos tendem a ter um impacto mais positivo sobre eles. Da mesma forma, os alunos alegam aprender mais facilmente e sentir-se mais à vontade com professores que mostram ser humanos e genuínos. Outro estudo considera que a autenticidade é crucial para que uma pessoa se sinta bem consigo mesma, e que uma pessoa, ao experienciar um momento em que é inautêntica, pode mesmo chegar a sentir-se imoral, impura e geralmente desconfortável.

Depois, é importante mostrarmos aos outros que quando falam connosco estamos de facto a ouvi-los. Se formos pedindo pequenas clarificações ao longo do discurso, a outra pessoa não só sente que está a ser ouvida, como também mostramos que temos genuíno interesse no que está a ser dito.

Um estudo de 2016 concluiu que, quando dois estranhos interagem pela primeira vez, o número de perguntas que colocam é proporcional ao quanto ficam a conhecer um do outro. O mesmo estudo indica que a comunicação não-verbal não é tão relevante neste aspeto.

É também importante que os outros sintam à vontade para se exprimirem e partilharem os seus pontos de vista. Esta empatia fará com que os demais nos vejam como pessoas de mente aberta, às quais se podem dar a conhecer sem medo de serem julgados. E no trabalho esta característica é um fator positivo.

Por outro lado, convém não querermos ser o centro das atenções. A humildade, com peso e medida, pode abonar a seu favor. O que aproximará os outros da sua personalidade.

Não devemos deixar que o nosso estado de humor influencie a forma como tratamos os outros. A isso chamamos sermos consistentes. Quando alguém nos aborda, gosta de saber com o que pode contar e que tipo de resposta pode esperar.

De acordo com um estudo de 2012, a linguagem corporal é mais eficaz a mostrar sentimentos e estados de espírito do que a própria expressão facial e, através dela, as pessoas conseguem até identificar a classe socioeconómica de um individuo. É do interesse de cada um tentar usar a linguagem corporal positiva: usar um tom de voz entusiasta, descruzar os braços, manter o contacto visual, inclinar-se para a pessoa com quem está a falar, sorrir, são alguns exemplos de gestos que segundo os terapeutas se deve adotar para ‘estimular’ a simpatia.

A primeira impressão é tão importante que, uma vez que alguém tira as primeiras conclusões acerca de nós, nem mesmo factos provados que as contrariem conseguem demover a pessoa do seu julgamento inicial. O que irá influenciar o resto da comunicação entre as duas pessoas. Por isso há também que ‘caprichar’ na primeira impressão.

Tratar os outros pelo nome é outra excelente estratégia social. Aqui eu entro em xeque porque muito facilmente me esqueço e troco os nomes de pessoas com as quais esporadicamente me vou cruzando. Mas ao usarmos o nome da própria pessoa ao iniciarmos uma conversa, esta sente-se validada, e ao sentir-se validade mais facilmente vai simpatizar com o interlocutor.

Também um toque no ombro, um aperto de mão e um abraço, parecem ser determinantes já que levam o outro a uma estimulação cerebral com a libertação de ocitocina, que irá associar este gesto a uma série de sentimentos positivos. Mas atenção, convém ter a certeza que estes gestos são bem vindos antes de os fazer. Pode parecer abusado ( a ) e o que poderia ser uma ação de simpatia poderá ter um efeito contrário.

Numa situação de trabalho é importante separar trabalho e lazer. Mas também é importante que não se foque apenas no trabalho. Convém estar focado mas também ter uma postura simpática pronta a ajudar. E capaz de encaixar certas interações laborais no horário de trabalho.

Reconheceu alguns destes gestos que já faça de forma automática no seu dia a dia? Então está no bom caminho.

 

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Iva Lamarão

Iva Lamarão

1 comments

  1. gosto da tua escrita 😀

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