Se calhar não pensaram nisto… A luz azul dos LEDs que iluminam os smartphones, tablets e computadores contribui para o envelhecimento precoce e para o aparecimento de rugas e manchas na pele.
É certo que o sol emite mais luz azul do que estes aparelhos, mas hoje em dia passamos mais tempo a olhar para o telemóvel, de 6 a 10 horas por dia, do que ao ar livre… O que faz com que a nossa exposição a esse tipo de radiação tenha aumentado muito.
Esta radiação que se fala, tem comprimento de onda curto (380-500 nm) e muita energia, o que a torna conhecida também por high-energy visible light ou HEV. Esta, estimula a produção de radicais livres que aceleram a oxidação das células e levam ao envelhecimento precoce.
Segundo a dermatologista brasileira Juliana Piquet, esta radiação entra mais profundamente do que os raios UVA e UVB e atinge a camada da pele onde temos ácido hialurónico, elastina e colágeno, o que a torna mais envelhecida.
Outro dado é o facto das células responsáveis pela pigmentação da pele terem recetores para a luz HEV o que piora o aparecimento de melasma ou seja manchas escuras na pele.
Esta luz não é no entanto totalmente nociva já que há tratamentos, como ao acne, feitos com esta radiação. O problema estará na superexposição!
Os médicos aconselham o uso de protetores solares com óxido de ferro na composição. Protetores com cor, que formam uma barreira física contra a luz visível. Juliana Piquet recomenda também o uso de antioxidantes tópicos e orais para reforçar a proteção.
Há também outras formas de nos cuidarmos… A aplicação Twilight, para Android, com filtro para a luz azul. Já o iPhone oferece a função Night Shift que torna as cores do ecrã mais quentes.
Por fim, há sempre a possibilidade de trocar a ‘ luz do telemóvel ‘ por um livro, sobretudo durante a noite.